Nascer do Sol em Angkor
Não dormimos há dois dias e inevitavelmente a noite faz-se de dia para quem chegou a Angkor.
São 4 e meia da manhã e falta meia hora para nascer o sol. Tinha afirmado que não me ia levantar. Mas a certeza de estar perante um lugar onde não voltarei tão cedo, e a possibilidade de estrear a minha Canon ao mais alto nível fotográfico, faz-me acreditar que vou ver o nascer do sol mais bonito do mundo. Aqui vamos nós!
Não se pensa em mais nada, e a mente faz o nosso corpo seguir em frente, embora derrotados pelo cansaço, acreditamos na magia que nos espera.
Avistamos o TuK TuK mais próximo e negociamos uns 2 dólares para nos levar em 10 minutos ao templo. Está tudo em ordem. Baterias, ópticas, cartões, disparos múltiplos e dedo afiado.
O rio que cerca Angkor e a escuridão que se assume tão perto faz bater o coração.
Chegamos finalmente a Angkor Wat para ver o Nascer do Sol. São 5 da manhã em ponto e não vale a pena perder nem mais um segundo.
E se palavras houvesse para descrever o momento, seriam certamente essas a colocar aqui. Mas infelizmente nada consegue descrever o que a Canon captou.
Se há lugares onde a imagem retrata algo mais bonito do que a própria realidade, Angkor Wat fica e ficará sempre como um lugar onde a descrição de uma linda foto se resigna a ser mais uma foto.
Se existe a certeza, que nunca devemos voltar ao lugar onde já fomos felizes, então Angkor Wat e o mais belo nascer do sol do mundo, ficarão para sempre comigo na memória.
Após mais uma jornada em Ankor, resta desistir da imortalidade. Sigo para o hotel, não se chamasse ele “Shadows of Ankor”, para trás fica a saudade, e neste dia fabuloso, vou dormir o resta dele.